quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A Câmara e suas velhas e novas peculiaridades


Danda da Feijoada
Passado o recesso das férias dos parlamentares, a câmara municipal da Vitória de Santo Antão retomou suas atividades no dia 02 de Fevereiro do corrente ano.
Já nas primeiras reuniões, é possível notar as semelhanças com a legislatura passada, marcada pelo controle absoluto que o ex-prefeito Elias Lira tinha sobre quase todos os edis, e também pela conduta lastimável e incompatível com os cargos que alguns vereadores adotavam e, pelo que é possível observar, continuam adotando.
De uma legislatura em que houveram casos de prisão vereador, intimação de outro por envolvimento em briga de rua, ameaça de morte a estudante que assistia à sessão por parte de um vereador, vereador batendo boca com cidadã dentro do plenário, dentre outros estapafúrdios acontecimentos, o que se esperava, no mínimo, era um pouco de maturidade, pelo menos por parte dos que foram reconduzidos aos seus cargos, como é o caso do vereador Toninho Nascimento.
Toninho com um histórico, digamos, não muito convencional, onde já foi preso por falta de pagamento de pensão e se posicionou contra emendas parlamentares que beneficiariam os estudantes, além usar a igreja católica como bucha de canhão contra outros vereadores, quando da discussão sobre ideologia de gênero na câmara de Vitória, parece estar decidido a fazer da Casa Diogo de Braga um grande picadeiro.
Desde a primeira sessão o parlamentar vem provocando uma outra figura folclórica, o vereador Danda da Feijoada. Com picuinhas e idiossincrasias de toda natureza, Toninho sempre arruam um jeito de, nas palavras de Danda, cutucar o colega, que sempre cai na armadilha do astuto vereador e revida às provocações.
Não contente, Toninho, que na legislatura passada elaborou e quase apresentou Projeto de Lei para dar o nome do Padre Renato da Cunha Cavalcante à Praça Dom Luis de Brito, atacou pejorativamente o vereador Mano Holanda, que apresentou Projeto de Lei que altera o nome de parte da Rua Silva Jardim, no bairro da Matriz, para Rua Monsenhor Renato da Cunha Cavalcante. Segundo Toninho, Mano Holanda estaria fazendo politicagem com tal projeto. Toninho foi, educadamente, advertido pelo vereador André Saulo, mesmo assim reiterou sua fala, atacando Mano Holanda que, sem ataques, justificou a apresentação do projeto.
Na última sessão, em mais uma demonstração de total falta de respeito, Toninho conscientemente afirma por duas vezes que na câmara de Vitória os vereadores são 19 homens, talvez ironizando a opção sexual ou ignorando a presença da vereadora Silvia do Geral, que não se manifestou a respeito.
Romero Querálvares
Graças às falas de seus colegas vereadores, ele está deixando de ser o vereador Romero Querálvares e assumindo o cargo de “Irmão do Prefeito”, como fazem questão de enfatizar. Até mesmo o presidente da Casa, vereador Novo da Banca, assim o trata. O que é um fato negativo, tendo em vista que usam desse artifício sempre associando o parentesco do vereador ao seu “poder de persuasão” junto ao prefeito Aglailson júnior.
Com isso, acabam pormenorizando à presença do líder do governo na Casa, que é o vereador Jota Domingos. Este por sua vez, vez ou outra confunde a tribuna da câmara com os estúdios onde apresenta seu programa, contudo, tem se mostrado interessado no bom desempenhar de sua função.
O presidente da Casa, o vereador Novo da Banca, anda pisando em ovos na condução dos trabalhos, mas ouvindo o plenário e, pelo que se pode perceber, buscando os acertos em suas ações.
Marcos da Prestação também vem fazendo uso da tribuna da câmara cobrando ações para sua localidade, cobrando do poder executivo um olhar diferenciado para a região do Cajá, Águas Brancas, Militina, Dois Terreiros e Santana.
Geraldo Filho parece continuar com a mesma postura, com discurso forte e independente. No entanto, já se mostra como opositor à gestão do Prefeito Aglailson Júnior.
Edmilson de Várzea Grande, esse tem se mostrado uma ovelha entre os lobos. Figura carismática, em conversa informal com este que vos escreve, demonstrou não ter vícios políticos e preocupação com a condução de seu mandato, contudo, torçamos para que ele continue norteado pelos princípios que faz dele um bom cidadão e amigo solícito.
Celso Bezerra, de maneira séria e segura tem desempenhado sua função de primeiro secretário, não deixando de lado suas convicções sobre os temas abordados pela Câmara.
Xanuca, participativo vem conquistando seu espaço respeitosamente e apresentando, também, credibilidade e responsabilidade no cargo que exerce.
André Saulo, destreza  e experiência são marcas de seu perfil. Ele que já foi vereador, também assistiu seu pai, o ex presidente da Câmara de Vitória, o vereador Bau Nogueira, isto posto, ele que é advogado, também é político habilidoso. 
De maneira geral, os vereadores que foram eleitos no ano de 2016 (não os reeleitos), tem se mostrado com bastante entusiasmo em exercer seus cargos, o que é bom para o município. O que se espera é que tenhamos uma Câmara independente, que não seja o quintal da prefeitura, como a legislatura passada ficou conhecida. Mesmo o prefeito Aglailson Júnior tendo maioria na Casa Diogo de Braga, que os nobres edis, lembrem-se de seus compromissos e responsabilidades com sua gente e seus eleitores. Quanto aos vereadores reeleitos, estes gozam da confiança e aprovação de seus eleitores, o que é bom e pode trazer um equilíbrio pautado na experiência política e conhecimentos diversos.
E tomara que o vereador Baixa Emiliano acorde e não faça como na última sessão onde o sono foi maior que o interesse nos temas discutidos, para que ao invés de 18, tenhamos 19 vereadores atuando por Vitória de Santo Antão.
Fonte: Blog do Ben
Baixa montagem

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